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segunda-feira, abril 16, 2007
Big Nothing


Um grande nada é tudo aquilo que espero da maior parte dos filmes hoje em dia. Há sempre actores e realizadores que me inspiram mais confiança e me arrastam certamente para uma sala de cinema. Mas, mesmo essas figuras acabam por falhar de vez em quando, por isso é preciso manter a expectativa baixa para não sairmos demasiado desiludidos, ou, para ainda nos permitirmos ser agradavelmente surpreendidos.

Big Nothing não pretende ser um filme para ficar na história. Pretende ser cinema de entretenimento, a boa comédia só pelo gozo de a ver. Sem se preocupar demasiado com falsos moralismos ou questões de preguiça ortodoxa. Deixa-nos no inquietante lugar do faz de conta. Muitos consideram esse espaço um atentado ao cinema, o desvio do que é real é muitas vezes confundido com absurdo ou irrisório. Como se só fosse permitido ao cinema fazer de conta se estiver catalogado como ficção científica ou cinema fantástico. Pois eu depressa me oponho e acredito que, para uma comédia non-sense funcionar, tem de ter a sua vertente megalómana. Em que nada daquilo é realmente possível mas ainda assim prende-nos ao ecrã e abre-nos sorrisos em vez dos habituais bocejos.

Este é um filme tão simplesmente definido como uma comédia. Exagerado porque o pretende ser, contido porque não quer levar-nos ao outro lado da barreira, equilibrado na sua tentativa de parecer desequilibrado. Podia aperfeiçoar algumas arestas, em que, por exemplo, as piadas simples se tornam preguiçosas e passam a simplistas. A diferença entre um filme que faz de conta ou um faz de conta que se apodera do filme também pode ser mal interpretada e aí legitimam-se as opiniões que limitam o filme a um espectáculo do absurdo. Eu continuo do lado de cá da linha, no qual consigo encontrar defeitos mas com a mesma facilidade os desculpo, pelo conjunto de ideias e sequências particulares (e digo particulares como um elogio) que o filme consegue tornar mais relevantes no final.

Simon Pegg (que já tinha provado a sua inclinação para comédias com um ambiente muito próprio em Shaun of the Dead) e David Schwimmer dão um alento especial a toda a trama e são muito bem acompanhados pelas belíssimas Natascha McElhone e Alice Eve. Numa deprimente tarde nublada ou num solarengo dia de verão, Big Nothing está destinado a deixar-vos bem dispostos. Mesmo que daqui a uns anos seja somente um grande nada do cinema.


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posted by not_alone @ 22:56  
3 Comments:
  • At 19/4/07 13:25, Anonymous Anónimo said…

    Só para avisar que estamos de volta, em www.festroiablog.com

     
  • At 21/4/07 13:14, Anonymous Anónimo said…

    Simon Pegg: Hilarious!

     
  • At 3/9/09 03:20, Blogger Unknown said…

    Puxa, olhei este filme e fiquei abismado. Não aceitei simplemente a história, e fiquei com aqule impressão de que ficou algo nas entrelinhas. Cheguei até mesmo a pesquisar se o tal de tálio concentrado é venenoso mesmo. Alguém ficou com esta impressão também?

     
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